18 de set. de 2012

Do espelho, os cacos


(para a fantasia de Raquel)

Sólida figura, um mosaico real abstrato,
onde palavras engendravam sentimentos,
destilando amargo com dom de mel:
- Na fantasia, sorrisos que eram risos.

Sei teus ardis, uma princesa louca,
enquanto eu, tolo brinquedo de colecionar,
inda lembro de um verso, ode reverso:
- Quero-te e me quero em ti.

Somem os reflexos,
comprimo apenas os cacos
e, com cara de espanto e decepção,
como quem identifica o fogo amigo, expludo:
- Às vezes a felicidade é apenas uma ilusão dos medíocres.



Creative Commons License
Do espelho, os cacos de Carlos Couto é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Based on a work at caderno2010.blogspot.com.

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